Opa! Tudo bom? Hoje a Elisa trouxa a resenha do filme Anna Karenina, de 2012, estrelado por Keira Knightley.
O filme 'Anna Karenina' é uma adaptação britânica de 2012 do clássico livro homônimo de Liev Tolstói. Dirigido por Joe Wright - responsável por dirigir também a adaptação de Orgulho e Preconceito - tem Keira Knightley como protagonista, além de Jude Law e Aaron Taylor Johnson. Vale destacar que o longa ganhou 2 Oscars por trilha sonora original e figurino. Eu gosto muito desta história, pois o diretor optou por uma abordagem incomum de apresentar a história: o filme trabalha em forma de teatro antigo, os cenários se movem conforme a ambientação da cena e dos personagens.
Logo nos primeiros minutos já notamos que há algo de diferente na produção. Esse é o grande diferencial e que me fez escolhê-lo para esta resenha.
A história se passa em 1874 no período da Rússia Imperial e narra os conflitos de uma traição. Anna Karenina (Keira Knightley), é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um prestigiado funcionário do governo. Porém ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que que se apaixona por ela e passa a segui-la.
Apesar de se sentir atraída por Vronsky, Anna tenta ignorar seus sentimentos e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky insiste e resolve se declarar. À partir disto, os dois começam a viver um romance escondido, até que Alexei descobre e Anna se vê pressionada e obrigada a fazer escolhas que contrariam seus objetivos.
A primeira vista, parece só mais um romance de época, porém Anna Karenina trata do quão vulnerável podemos ficar diante de pressões e da evolução da mulher.
A personagem, além de sofrer a pressão do marido, sofre também com a ridicularização e preconceito da sociedade da época com as mulheres que possuíam um caso extra conjugal. Em 1874, ano em que a história se desenrola, era ultrajante para uma mulher se envolver com outros homens e mais ultrajante ainda era pedir o divórcio, pois uma mulher divorciada era uma mulher indigna. Além desta questão, a narrativa também fala sobre o quanto as mulheres também eram vulneráveis e moldadas por princípios e regras da sociedade da época, por exemplo, há uma personagem que é pressionada pela família a se casar, pois seria uma vergonha ter uma "solteirona" na família, simbolizava fracasso. Então ao assistirmos o longa, podemos tirar alguma questões sociais para reflexão.
Falando dos aspectos técnicos, a direção de arte é linda! Como falei lá no começo do post, o filme todo tem a proposta de apresentar a narrativa como um teatro, os personagens e cenários são todos em cima de um palco, com tudo sendo montado ali na hora mesmo. O diretor chegou até a declarar que optou por esse tipo de proposta para dar mais ênfase à história, pois a sociedade russa da época era assim: um grande palco onde tudo era encenado.
O longa quase não possui tomadas externas e isso chama muito a atenção, praticamente todas as cenas são internas, tudo o que era pra ser externo, foi substituído por cenário de papel. Gostei muito, também, dos planos utilizados pelo diretor, ele faz uso de vários planos detalhe – que tem por função justamente mostrar os detalhes do cenário - também faz um bom uso do plongée, que são planos vistos de cima, tudo com o intuito de ajudar a compôr a história.
O filme vale ser visto pela criatividade usada por Joe Wright, é uma outra forma de se fazer e se ver o cinema.
14 comentários
Eu estou louca pra ver esse filme! Não sabia dessa do teatro, adorei a ideia do diretor! Amo filmes com esses jeitões mais diferentes.
ResponderExcluirwww.vestindoideias.com
eu assisti esse filme e amei td a produção artística dele, tem uma vibe de teatro super diferente
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
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Oie!
ResponderExcluirO nome do livro me lembra algum outro livro, que falam dele no meio... não sou muito ligada em filmes de época, não é beeem meu tipo. Mas a fotografia parece linda! Imagino o drama que a personagem passa, porque conheço pessoas que nem viveram em 1874, e sim muito depois disso, e passam por preconceito da sociedade por serem divorciadas. Esses filmes nos mostram o quanto a sociedade evoluiu, mesmo que aos poucos x)
Beijos!
http://tipsnconfessions.blogspot.com
Estou para ver esse filme há anos hahaha
ResponderExcluirTenho ele no computador e nunca assisti. Sou muuuuito fã de Orgulho e Preconceito, e isso me levou a querer ver esse filme, mas ainda não assisti hahaha Fiquei curiosa para ver como é esse enquadramento como se fosse palco de teatro. Acho que finalmente vou assisti-lo hehe~
Beijos
Eu me apaixonei quando tinha visto o trailer alguns dias atrás, agora lendo a resenha fiquei com mais vontade de ver! Acho que valerá muito a pena mesmo.
ResponderExcluirAbraços
http://www.cherryacessorioseafins.com.br
Oi Elisa, eu sou SUPER fã do livro e do Tolstói. Decidi não assistir o filme por motivos de: Keira Knightley. Eu realmente não gosto da atriz (acho ela péééssima), não consigo nem assistir esse trailer sem ficar irritada. rs... Acho que ia estragar toda a experiência do livro pra mim. :/
ResponderExcluirUm beijo!
Eu vi o trailler do filme e fiquei muito curiosa para assistir, confesso que lendo esse texto fiquei ainda mais curiosa e sei que prestarei muito mais atenção aos detalhes agora rs
ResponderExcluirNão assisti ainda e agora fiquei com muita vontade.
ResponderExcluirGosto demais de filmes que retratam épocas e tabus dela. Obrigada pela dica!
Bjs
LetS
www.leticiaseki.com
Eu sou a louca dos filmes de época, acho muito lindo e sinto que já vivi nessa época..rs Mas enfim, esse filme eu ainda não assisti, mas estou doida para assistir
ResponderExcluirEu assisti apenas partes desse filme e achei muito legal parecer que está num teatro. A história também é bem envolvente.
ResponderExcluirBeijos
Mari
www.pequenosretalhos.com
Esse filme me remeteu um pouco ao filme "A Duquesa" que é um filme que eu gosto bastante, então obviamente acabei gostando da premissa dele e fiando curiosa para assistir :) gosto bastante de filmes de época! Adorei a indicação <3
ResponderExcluirOlá. Sinceramente não conhecia esse longa-metragem. Lembro-me de um mais antigo e que gostei muito por sinal. Vou ficar com a dica e quando tiver oportunidade vou ver! Congratulações para Elisa e parabéns pela página Eduarda. Elegante e bem recheada de informações. Gostei muito!
ResponderExcluirhttp://marcelokeiser.blogspot.com.br/
bjus
Hey!
ResponderExcluirGostei! Essa é a mesma atriz de Orgulho e Preconceito certo? Porque eu só a vejo em filmes como esse e acho ela ótima para estes papéis. Sinceramente falando.
Agora a forma que citou como o filme é produzido é intrigante. Curioso, na verdade. Jamais vi um filmes que se passa tanto internamente. Com cenários como se fosse uma peça encenada ali na hora. Interessante!
Até mais! O/
Karolini Barbara
Eu cheguei a assisti a um filme sobre a Anna Karenina mais antigo dividido em 2 partes e achei a trajetória dela bem interessante, ainda mais porque sou apaixonada por filmes de época. Preciso ver essa adaptação mais recente que parece trazer uma proposta diferente de direção!
ResponderExcluirBeijos
Colorindo Nuvens